sexta-feira, 5 de março de 2010

91 - Da página da DECO - à caça de boatos

Graças a um comentário a um post, descobri no sítio da DECO o texto abaixo. Excelente

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À caça de boatos



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Como podemos verificar, a distribuição de "informação de saúde" por correio electrónico revela-se uma fonte privilegiada para a propagação de rumores alarmistas, sem fundamentação científica credível.

Aprenda a reconhecer um boato de saúde e a agir correctamente quando recebe (mais) uma mensagem deste tipo na sua caixa de correio electrónico. Vejamos as principais características destes rumores:

•Chegam-nos através de pessoas que conhecemos (amigo, colega, etc.). Tal não significa que se trate de informação mais fiável. Na verdade, essas pessoas limitam-se quase sempre a reencaminhar mensagens que lhes foram enviadas, sem pensar muito no assunto.
•O facto de a mensagem já ter circulado por milhares de pessoas pode dar-nos a sensação de que pode ser credível e relevante.
•"Passe esta informação para "o para o maior número possível de pessoas", "Por favor, fale sobre isto com outras mulheres", "Precisamos de solidariedade e de fazer este mail correr rapidamente". Perante frases deste tipo, desconfie…
•Estas mensagens referem, muitas vezes, que se trata de "informação séria" ou que "esta história é verídica". Adoptam um tom algo histérico, estão repletas de pontos de exclamação, maiúsculas e erros de ortografia.
•Muitas vezes, não é referido o autor nem a data da mensagem. Desta forma, o leitor não consegue perceber se é uma mensagem recente ou não.
•Outras vezes, os e-mails vêm abusivamente assinados por pessoas ou instituições científicas credíveis, quando, na verdade, estas nada têm a ver com a mensagem que circula.
•Outra característica consiste em utilizar linguagem pseudocientífica, chegando mesmo a citar investigações. Não se deixe impressionar. Salvo raras excepções, as informações estão incorrectas e cheias de imprecisões, já para não dizer manipuladas por quem as envia! Além disso, uma investigação isolada não permite provar coisa alguma.
•Se, apesar de tudo, lhe passa pela cabeça que uma mensagem até pode ser verdadeira, procure verificar a veracidade dos factos. Pode, por exemplo, consultar um sítio especializado na Net, para verificar se essa mensagem já foi denunciada como sendo um boato. No Google ou noutro motor de busca, escreva "hoax" e o tema da mensagem ("cancro", "desodorizante", "bananas", etc.) para saber qual o ponto da situação. No Google, pode ainda procurar o tema noutra língua. Quase sempre, antes de circular no nosso país, as mensagens já passaram por outros pontos do Planeta.
•Se chegar à conclusão que está perante mais um destes boatos alarmistas, nunca reencaminhe a mensagem. Quebre a cadeia de "desinformação". Se conhecer a pessoa que lho enviou, explique-lhe do que se trata.

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